segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A dificil arte de não generalizar




É que tudo na vida tem a tendência da generalização. Ao menos eu, tenho que me cuidar o tempo inteiro. Tenho o velho hábito de querer botar tudo no mesmo pacote da mesma categoria de que TUDO OU TODO é assim ou assado.
Para, pensa, bom analisemos novamente e depois de algumas pensadas a mais, vejo que talvez, humm, é pode ser que algo ou alguém se salva.
Sou tão impaciente às vezes para ver que nem tudo se enquadra no mesmo patamar. Mas às vezes é difícil, muito difícil não achar que tudo está muito igual.
Isso é tão ruim. As coisas em certos momentos estão tão padronizadas que é difícil não antecipar comentário.


Sou notívaga, como já citei por aqui. Mas minha paciência (a dita paciência) já está bem mais reduzida para este setor. Antigamente, bem antigamente, tinha prazeres bem mais audaciosos em minhas saídas noturnas. Adorava me esbaldar na noite com meus amigos, beber, dançar sem pensar em hora pra parar. O tempo passa, ainda bem. Amadurecemos, envelhecemos e coisas já não são tão atraentes. Ainda gosto de fazer minhas saidinhas básicas, meus encontros com os amigos, chopinho aqui ou acolá. Mas aquela euforia noturna já está quase se extinguindo. Vejo tudo muito igual.
É inevitável o contato com outras pessoas que também estão ali no mesmo lugar, com o mesmo propósito ou um propósito mais além. Uns saem com o propósito de colocar a conversa em dia, proporcionar a reunião de todos num só ambiente e momento. Afinal com a vida tão atribulada e corrida, encaixar agendas nem sempre é tão fácil e prático.
Claro que não necessariamente é preciso que isso se faça em local público. Nem sempre é feito, mas quando é possível, é prático. Querendo ou não, une o útil ao agradável. Um local público vai propiciar que todos se divirtam e as pessoas se socializem.
Em contrapartida se não está a fim de agregar mais pessoas além dos amigos que estavam incluídos neste grupo, saiba que isso é bem improvável.
E às vezes em certas ocasiões ou momentos, tais situações se encaixam naquela condição de que, se está na noite saiba que poderá ser atropelada por pessoas, comentários ou atitudes as quais faz parte o contexto noturno.
Nem sempre será igual ou programado, como normalmente pensamos ou já estamos previamente sabidos, mas às vezes é difícil não generalizar.


Nunca tive a tendência de buscar, olhar ou interessar-me pelo homem mais bonito que ali estava. Aquele misto de timidez + baixa auto estima + falta de autoconfiança. A tendência de antecipar que aquele ser que se aproxima que aguça a mente e salta os olhos já vem com a predisposição de que homem bonito é burro (esqueça a questão de preconceito), já me antecipava. Ando tendo paciência para ouvir mais as pessoas. É isso que ando buscando ultimamente. Quero encontrar nas pessoas coisas que me instiguem a movimentar meus pensamentos. Que me façam acionar o botão do bom humor constante e que me faça rir, rir muito. E falar, mais do que já gosto, falar, falar muito. Gosto de me perder em conversas por tempos. Não importa o teor da discussão, o que importa é que seja algo que possa durar, ser interessante e proporcionar prazer daquele momento que estou ali. E quero acreditar que todas tem algo a me acrescentar. Talvez um homem bonito também tenha, porque não? mas às vezes é difícil não generalizar.



Encontrar alguém que nos faça ver que, é tão bom alguém para te aquecer, te abraçar e acariciar é uma delícia. Eu acredito que não somos seres para ficar sozinhos. Não sermos dependentes, mas agrupar. Isso ocorre com nossos amigos, nossos parentes e nossos amantes.
Eu creio que temos que ter alguém a quem possamos acariciar a face, beijar o rosto, abraçar o corpo e esquentar num dia frio. Abraçar e sentir que aquele corpo quente que ali está te aquece, te protege, te acaricia, te deseja. Não necessitamos que este corpo tenha que ser parte necessária em tua vida, deve ser parte agregadora. Sentir aquele olhar quando acordar, aquele sorriso ao contar, falar ou discutir algo bom, engraçado. Isso parece que está cada vez mais difícil, mais complicado, mais inacessível. Cada vez sinto que a prática está se tornando uma teoria difícil de ser decifrada.
E cada vez mais com códigos, atitudes e sentimentos indecifráveis. Uma coisa tão boa, tão simples e cada vez vejo que está tão complicada.
Vejo que relacionamentos estão se tornando difíceis, inconsistentes, inacessíveis, complicados. Não quero crer que a sensação de sentir um aconchego, uma carícia, um afago, um colo quente num dia frio, aquele abraço, já se perderam e as pessoas não querem ver.
Os relacionamentos perderam sua essência, quero crer que não, mas às vezes é difícil não generalizar.

7 comentários:

  1. Eu tb procuro não generalizar mas nem sempre consigo...gostei da sua reflexão porque muitas vezes me pego pensando em coisas parecidas demais. Está cada dia mais difícil encontrar um relacionamento bacana assim mas eu não perco a esperança.

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  2. É; não é fácil, tudo muito igual mesmo. não podemos nos culpar por sentir este impeto de generalizar. Porque viver no mundo da fantasia também faz mal, e 90 % , mesmo que queira aparentar ser diferenciado do grupo, no fundinho não é. Ex: homem , belo, eficiente e inteligente, esforçado, prega as multidões que é uma pessoa diferente. Fui ver de mais perto: BOSTA, bostão. Se tu ficasse com o que aparentava, se surpreenderia, iria acreditar que nunca viu nada de tão difernte no universo. Pois este é o seu sermão. Mas é ´so mais um homem, mais um xy, que faz tudo que faz ainda em nome de surtir efeito na mulherada. Então, se enganar que não tá padronizado? Não vale a pena! Ficar sozinha, também não, mas parece que não tem opção, se isso é fato, não há argumentos.

    bjs assim q passar minha loucura com seminarios para apresentar baixarei as musicas sugeridas

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  3. Ai, meninas !!! Eu tento sempre não fazer isso, as vezes depois de ver o contexto da coisa, caio nisso ! Sei que é um erro, mas como falei, tudo muito igual, acabo me entregando !
    E essas são algumas situações, na verdade, foram tres recentes vividas.
    A do homem bonito, foi a que mais tive que trabalhar minha mente para novamente não colocar tudo no mesmo pacote.
    Pois ao ver aquele deus grego vindo em minha direção, até olhei pro lado.. opa, é comigo ! E em segundos aquele deus, lindo, formas perfeitas, sorriso perfeito, olhos perfeitos, aquele deus da beleza incontestável, virou um sapo. O deus, o principe, virou um sapão, sapão gordo e feio. Como não sou atleta pra carregar troféu, só me restou dar um sorrisinho e pedir licença. Tadinho, cérebro imperfeito !
    É a vida. Mas continuo trabalhando minha mente para não generalizar.

    * É, Desabafando, tá brabo !

    ** Sra. Google, é difícil. As vezes é cansativo, sabe, ver que todos estão andando em fila indiana para o mesmo conceito. Acho que ficar sozinha não é a saída não, óbvio. Só que muitas vezes vivo sozinha bem mais feliz do que suportar situações ruins. Tem coisa muito fácil por aí, por isso que as vezes vejo que muitas pessoas "não podem perder tempo", e aí tudo fica muito igual, muito complicado, muito frio, e sem valores.

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  4. Oi Felícia,
    Bom ver esse teu outro prisma de mulher. Eu penso que, por causa do meu trabalho como astróloga, tendo a busca nunca generalizar, pois o simbolismo num Mapa mostra a pessoalidade de cada um. Óbvio que aquelas máximas que jogamos no saco das lamentações e irritações acontecem naturalmente.
    Ontem saindo com um amigo de anos que veio de Sampa, ouvi algo que me fez sentir-me "agredida". Ele dizia:"Eu teria medo de namorar uma mulher como você, tão altiva, que se impõe, não tem meias palavras, argumenta e questiona tudo." Eu ri e fiquei de boca aberta pensando com meus botões: ...será a frustração por nunca ter visto um espaço aberto para chegar até eu ou apenas a observação masculina do homem que se fascina por uma mulher inteligente e que se expressa (olha a modéstia gente..é Natal) e acha que vai ser trucidade pelas garras dela e foge que nem um louco?
    Eu sei que parte da dinâmica de apresentação é muralha protetora, mas creio que fazemos escolhas com nossas máscaras, mas sempre experimento do que me chega à boca, para saber do gosto que tem e recusar na certeza do não.
    Beijokas

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  5. Sàaaaaaaaaaaa ... astróloga ??????????? curti isso !!!!!!!!!!!!!!! quero saber mais, hehehehe...

    olha só, isso que teu amigo te disse, ouvi dias atrás, "Tenho medo de ti" ! Exato, medo de uma mulher forte, de atitude, que também não tem meias palavras, argumenta e questiona tudo também !!
    E eu já não fico de boca aberta, fico com raiva.
    Mas tuas colocações tem sentido. Só que passaram-se anos, anos e anos e ainda muitos homens tem por princípio ser o ser forte da relação. Ser o lado dominador. Quando se deparam não com uma mulher dominadora, mas ao menos com postura, princípios e conceitos definidos, ainda se assustam.
    Sinceramente, quebrar barreiras seria um início, não ia doer nada.

    bjs querida

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  6. EU SEMPRE GENERALIZO AS COISAS E SEMPRE VEJO QUE EU ESTOU CERTO. NUNCA VOU DEIXAR DE GENERALIZAR.

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  7. É difícil não generalizar sobre algumas coisas. Por exemplo: eu assisto muito conteúdo coreano (séries, filmes), e quando vou falar sobre algum costume, acabo sempre dizendo: eles fazem isso, eles fazem assim e assado. É até meio irritante para mim mesma falar sempre da mesma for quando tento descrever as características deles. Ainda não encontrei a forma correta de falar sobre isso, e quero encontrá-la pois esses assuntos são muito interessantes para mim.

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