quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Fazendo o balanço anual !




Sim, em final de ano, parece final de mandato eletivo.
Relatório anual dos feitos, dos erros, acertos, não feitos e por aí vai. É contagem regressiva.
Na Contabilidade, é hora de arregaçar as mangas e preparar relatórios finais.
Meu relatório de final de ano, se resumirá em algumas palavras..


Culpa.
Sim sou culpada por deixar esse blog tão, mas tão abandonado por tanto tempo. Quem já passou por aqui, sabe o quanto gosto de escrever, relatar fatos, situações, expor coisas simples, básicas ou apenas que se tornaram interessantes para mim. E senti nos últimos meses um vazio intelectual, um bloqueio, que me impediu de expor quaisquer coisas aqui, sem que me tornasse chata, repetitiva ou desinteressante. Não que alguém possa vir aqui e achar o ápice da maravilha, mas eu sinto uma necessidade, mesmo que às vezes ínfima, de expor algo interessante. E eu o deixei por muito tempo de lado.
Espero que minha cabeça volte a fervilhar para que eu não o abandone tanto.



Raiva.
Senti raiva, raiva de atitudes próprias, atitudes de outros. Quando pensei que alguém poderia estar junto comigo, em interesses mútuos, almejando objetivos maiores, vi que não era tão fácil, prático e objetivo assim. Senti uma raiva, mesmo que pequena, de que tudo que eu almejava poderia ir para o ralo.
Revirei pensamentos, objetivos e com o passar de pouco tempo, vi que raiva não acertaria nada, somente iria trazer-me mais desilusão.. Tomei a providência rápida e a fiz dissipar-se.



Desilusão.
Concomitante a raiva, surgiu a desilusão. Desilusão com propósitos, objetivos, pessoas. Coloquei certezas, clarezas e esperanças em situações que não se propagaram. Desiludi-me com coisas muito almejadas e nem sempre isso é bom, óbvio, não é bom, afinal foi algo muito almejado e não concretizado. A desilusão, obviamente, iria bater.
Bateu. Foi ruim. Gosto ruim, mas como tudo, se saboreia, se prova, se rejeita, passa.


Saudade.
Senti saudades de pessoas que se foram. Se foram para outro plano, que hoje eu só posso lembrar por momentos alegres, engraçados e fraternos que vivemos. Ainda bem que tivemos e eu pude relembrá-los com carinho e me deu uma baita saudade.
Saudades também, dos que foram, mas para outro lugar, ainda nesse plano, mas a alguns quilômetros de mim e que não tenho disponibilidade de vê-los a qualquer hora, momento que desejo. Quis, em vários momentos, ao meu lado, mas ainda bem que a cada dia eu relembro que momentos bons, não podemos deixar passar, e mesmo que a longa distância ainda dá para suprir a saudade por meio virtual. Cada dia aprendo que não há motivo que nos impeça de valorizar um segundo sequer de pessoas queridas e que amamos. E eu to valorizando cada um desses segundos.



Tristeza.
Tive momentos difíceis que ocorreram na vida pessoal, profissional e financeira. Tive momentos em que por mais que lutasse parecia que a coisa não iria andar, não iria se resolver, o problema permaneceria. Mas eu não paro um minuto sequer de acreditar que pode mudar. Um minuto sequer paro de batalhar para mudar. Para alterar o quadro. Sempre na esperança, na busca constante para o melhor. E tudo, aos poucos e com persistência veio. Os problemas de saúde se foram para longe e vejo a cada dia a melhora de minha mãe, numa evolução rápida. Almejei alguns objetivos profissionais e eles estão vindo, afinal nunca desisti, por mais difíceis que foram, sejam ou serão.



Felicidades.
Em meio a tantas turbulências, tive muitos momentos felizes. Obviamente a recuperação da minha mãe foi a maior das alegrias. Novamente vê-la como sempre a vi, batalhadora, guerreira, forte, foi e está sendo uma enorme felicidade.
Conheci pessoas que me trouxeram momentos felizes. Alguém pode aparecer na tua vida e ficar, ficar por muito, muito tempo. Pessoas que viram amigos e se consolidam, outros vem te trazem muita felicidade e se vão. Outros, vem e rapidamente se vão. Mesmo assim, independente do período que permanecem, podem trazer felicidades de tamanhos e conotações diferentes. Vivi, vivo e ainda viverei muitas felicidades. Depende de quando, quem e como permanecerão na minha vida, mas independente disso, me preencheram em momentos muito bons.



Gratidão.
Em contrapartida a desilusão, raiva, eu agradeço sempre por certas situações, momentos e/ou pessoas que passam ou estão na minha vida. E eu tenho uma gratidão enorme por muitas delas. Pessoas principalmente, que estão na minha vida e são de uma importância imensa, que me deixam mais feliz e realizada a cada dia, por estarem sempre de braços abertos a me ajudar, me receber, me acalentar.


Realização.
É uma palavra com um sentido enorme, bravo. Termino meu ano, feliz, realizada pelo que, por mais que tenha tido percalços pelo meio do caminho, cá estou conseguindo realizar certos objetivos. Realizado sonhos, realizado coisas difíceis, batalhadas.
Tenho muito mais sonhos a realizar, muito mais batalhas a percorrer, muito mais objetivos a alcançar.
Mas para isso, outro ano, logo logo ta batendo a minha porta.
Pode vir, estou te esperando de braços abertos.



Feliz Natal e um excelente 2012 para todos que, muito grata, passam por aqui.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Você tem um sonho ??


Ouço desde minha pré-adolescência, “Tia Xuxa – a rainha dos baixinhos” dizer, “acredite nos seus sonhos”.. sempre achava aquilo uma balela... Afinal, eu sempre tinha, em mente, pelos fatos da vida, uma ótica mais para responsabilidades, objetivos e projetos do que simplesmente “sonhos”. Sonhos .... uma coisa utópica, sem objetivo sério, apenas sonhar .... mas com o que ??? E continuei pela vida afora sem ter sonhos, grandes sonhos... no fundo, acho que todos temos sim.. Eu mais prezo ainda hoje pelo âmbito de projetos e objetivos. Mas sonhar, faz parte.


E desde a adolescência, implicitamente, venho mantendo um sonho.. A cada disco ouvido ele só aumentou. Não posso negar que graças a intervenção do meu irmão.

Quando ouvi pela primeira o “bolachão” com aquele gurizinho na capa .. pronto! Não tinha mais como voltar atrás. Foi paixão instantânea!

Daí pra frente, só foi consolidando, sucesso após sucesso, disco após disco.

Quando escutei “With or Without you”, foi amor à primeira vista, ou oitiva! Recordo que comprei um dicionário de inglês e traduzi toda ela. Anos mais tarde vi que, até traduzi direitinho! Aí depois só foi somando, admirando, ouvindo e consolidando a paixão pelos caras. Tempo atrás, já em fase de orkut, nas minhas comunidades, consistia uma “Eu ainda vou num show do U2”.

É aquele sonho!




Nas duas turnês anteriores, que eles vieram ao Brasil, lembro que meu amigo disse-me: “Vamos”??

Na época eu trabalhava, nessas duas oportunidades em regime celetista, escritório, horário, chefe. Como eu ia chegar e dizer: “Chefinho, me libera que tenho que ir ao show do U2?” minha caretice séria, não me dava chances de arrumar um jeito.

Fica para a próxima. Restou-me olhá-los pela TV. Só reforcei nesses períodos, que um dia irei vê-los.

Até o ano passado com o boato de que viriam a Porto Alegre, então me animei. Essa não escapa! Boato, apenas, boato! Mas viriam a SP. Agora já não mais fazendo parte de um escritório, horário, chefe, meu amigo veio: “Vamos né’?

É, agora os empecilhos seriam bem menores. Quando abriu a venda de ingressos, foi aquela correria, ingresso caro, ir a SP, trâmite, gastos, etc. Pensa, soma, diminui, vamos embora! O dia chegou!




Minha ficha só caiu, quando os caras começaram a cruzar o trajeto até o palco. Nem o show do MUSE (que foi bem legal), não me remetia ao que estava por vir.

Quando a ficha caiu eu estava lá. Lembrando da época do dicionário, do bolachão, de cada disco lançado, das turnês que não pude ir, da história das músicas, da trajetória, da realização de um sonho! Eu não sabia se eu ria, chorava, cantava, pulava ou fica boquiaberta pela beleza, pela grandiosidade, pelo espetáculo, por ouvir as músicas tão ouvidas e cantadas há tanto tempo.

Eu não estava em um show, estava NO show.

Era O show !







Sim, eu tinha um sonho. Talvez tenha outros tantos, implícitos, que se eu parar para pensar, tenho a realizar. E nesse caso em especial, esse sonho será eterno. Nunca irá cessar. Sempre estará sendo renovado. Até a próxima concretização.


Até o próximo show, U2!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Precisando de um tsunami interno

Em tempos em que o real fez um estrago danado no outro lado do mundo, queria que um tsunami fizesse uma varredura, remexesse coisas que estão meio a contragosto.
Tem tempos que só uma revolução para dar ares de reviravoltas e reviradas, para ver onde está o eixo.
Há tanto tempo não “pisava” em meu próprio blog ... meu deus como pude abandonar o tadinho ???

Nos últimos meses foi tanta coisa a acontecer, trabalho a buscar, a crescer, a estudar. Minha ansiedade nessas horas bate picos altíssimos.
Aliás ela, às vezes, me faz revirar sem sair do lugar. Tanta ansiedade que paira na inércia. Coisa de ansiosa !
Mas enfim, além de buscas de trabalho, momentos impotentes surgiram.
A impotência....

Há um bom tempo atrás, levei um pé na bunda... é, o termo é feio, mas é o mais apropriado... na época, chorei, choraminguei, me descabelei, por não saber o porque daquela situação... porque aconteceu, como aconteceu.. me senti total impotente, sem saber como agir e quando.
Depois de um tempo, raciocinando melhor, vi que a situação se resumia a uma baita carência e uma autoestima abaixo da pata do cachorro !!!
E vi, que aquele momento impotente poderia ser resolvido rapidamente. E foi !
Nada a consertar, o tempo se encarregou.

Outros momentos impotentes, mais recentes não podem ser resolvidos rapidamente. Não dependia e não depende só de mim. Exclusivamente de mim posso auxiliar, mas quando se trata de outro, alguém que se ama muito e está numa situação delicada, a impotência retoma e se alastra. Nesse momento ainda me sinto um tanto impotente, como se as coisas escorregassem pelas minhas mãos e não tendo como buscar a ponta do fio.
O sintoma não é meu, e não é fácil encontrar formas de acabar com a sensação de impotência. Ao mesmo tempo, no decorrer das fragilidades que minha mãe mostrava, vi que eu sou forte, ela também. Ela tenta reconstruir sua fortaleza, eu, tento abafar momentos impotentes, única forma de mostrar a ela, que há maneiras de virar o jogo e viver, viver muito tempo que ainda há.


Não sei se o tsunami já está dentro ou exteriorizou, mas tem momentos que demonstro uma leoa, noutros sou um pequeno filhote indefeso.
Uma hora quero colo, noutra estou a afagar.