quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Falta-me peito !




Não, não estou ressaltando algo referente a forma física ou desejo de encarar o silicone!
Falta-me peito, no caso, é apenas uma expressão de linguagem, uma expressão popular, para definir, falta de coragem.


Não sei se em todos os lugares se usa, mas por aqui é comum.
Pois então, falta-me peito! Porque ?

Tempos atrás eu li o livro “Comer, Rezar, Amar” que fala sobre uma experiência vivida pela escritora, Elizabeth Gilbert, que agora virou filme.
Não é nenhum best seller, mas é bacana. Agradável, leve, tranqüilo, light !! Fácil leitura.
Retrata a experiência que ela vive, durante um ano, após várias insatisfações e desilusões ela resolve pegar a mala e cair na estrada.
E aí, ela divide o ano por 3 países, começando pela Itália depois pela Índia e finalizando em Bali, Indonésia.
Foi um livro que li rapidinho e ao final, pensei...

Putz, não sei se teria “peito” para encarar uma experiência dessas !!


Não sei se teria coragem ! Claro, que antes de pensar nesse ponto, há de se pensar no bolso !!
Como eu sou muito prática e objetiva, primeira coisa que pensaria, bom, quanto custa, quanto precisarei para viver durante um ano por aí.
Passada essa fase, viria a segunda questão. E aí ? E agora ?Teria coragem?
Eu me considero uma pessoa corajosa, ao menos para as atitudes tomadas até hoje, fui, encarei, busquei, abracei.
Claro que, a cada dia, há outras barreiras a vencer, mas isso é a vida cíclica.
Mas ainda não parei para pensar sobre uma possibilidade com essa. Seria que encararia ?
Normalmente a gente ta acostumada a viver correndo, dia a dia, mas sempre tem pessoas do nosso convívio. Família, amigos, namorado.
E aí, num caso desses, tudo é novo, tudo é diferente, tudo é desconhecido, principalmente pessoas.


Confesso que fiquei inclinada a pensar numa possibilidade, não sei se na magnitude da dela, mas qualquer outra, de me aventurar sozinha por aí.
Viajar com outras pessoas é muito legal, mas sempre temos que entrar em consensos, para que todos saiam satisfeitos. Um ou outro, quase sempre, terá que abrir mão de algo para manter a harmonia. Comigo, foi sempre assim.
Mas no caso de pegar a mala e sair por aí, sozinha, buscando lugares, informações, pessoas, conhecimento, vivência, tudo dependerá somente de ti.


E isso, também, deve ser bacana. Pois, inevitavelmente, por mais que possamos ser um pouco tímidos, retraídos, a necessidade obrigará que nos tornemos mais “sociáveis”.
Humm, será que não tenho “peito”?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Notas de muitos dias !!

Em alusão as minhas queridas amigas blogueiras Sra. Google e Letras Saltitando By que respectivamente nomeiam alguns de seus post’s como “notas da Porra Louca” e “notas de um dia ..... “, cito “notas de muitos dias”, afinal estou ausente há um tempinho.
Em tempos de Copa do Mundo, onde não se fala em outra coisa (ainda bem que está acabando):

1. Andava e ainda ando mais atarefada que o Dunga. Não conseguia parar e ter um tempo para poder escrever com calma e algo interessante por aqui. Ainda bem que eu não tenho que deparar-me com repórteres e fotógrafos. Ele já foi derrotado.
Eu espero não ficar tanto tempo fora novamente e diferente dele, sem derrotas.

2. Não canso de me surpreender com as pessoas, tanto positivamente como negativamente.
Pois em total situação de impedimento, barrei o seguimento de pessoa que achava que podia usar de artifícios e seguir a vida numa boa, mesmo com sérios impeditivos.
Levou cartão vermelho e no meu time não joga nunca mais, sem redenção.

3. É engraçado quando ouço por aí que tem mulher que baixa barraco, homens que dizem “aquela é louca”, que não tem medidas e por aí vai.
Pois eu não faço e não gosto de barracos, mas uma medida mais enérgica é sempre bem vinda. Como já falei por aqui, deixar de falar e engolir sapos é só para causar uma úlcera. Desta vez mandei todo e qualquer sapo engasgado para seu lago. Não precisei de barraco algum para falar o que precisava, colocar pingos nos is, verdade nua e crua e sem descer do salto. E numa total elegância! Que alívio !

4. No mesmo quesito surpreender, positivamente. Vejo que fazer o bem é uma dádiva. E encontrei pessoas que não cansam de querer ajudar, pessoalmente, profissionalmente principalmente, com a máxima atenção.
Pessoas assim são uma benção na vida e merecem valor diariamente.

5. Amigo que é amigo, não adianta. Pode ficar tempos sem se ver, pode ficar só falando por MSN, telefone, mas ele ta lá quando precisares. E assim tem sido com uma amiga de longa, longa data. Na nossa cidade natal, somos vizinhas. Aqui, estamos há muito tempo sem um encontro pessoal, mas quando precisei ela tava pronta para ajudar. Quando ela também precisou, lá estava eu. Mesmo que, a distancia, o valor e a força de um amigo sempre é fundamental e vital. Compartilhamos forças e ficou mais sólida ainda nossa amizade.

Voltando !!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Hoje, mais a celebrar do que lamentar ..


Tem dias que as coisas correm tão sem graça que parece que o dia nem aconteceu.
Outros, as coisas se movimentam de modos e sensações diversas.
Hoje foi um deles.

Estou tremendamente assoberbada de trabalho, tentando agregar o que posso para alavancar a vida financeira e, claro, a profissional.
Nem sempre, nesse sentido, fazemos escolhas certas, mas faz parte errar para saber daqui a pouco mais, aonde não vamos mais pisar.
Tem situações que às vezes se negar, em certos momentos, não é propício e em outros é melhor fazer para não se arrepender logo ali adiante.
E claro, eu vivo de arrependimentos ou de fazer ou de não fazer.
É o velho ditado, quebrando a cara que se aprende. Em outras to evitando dar a cara pra quebrar.

Tive essas duas situações em poucas horas.
To tentando ajustar coisas que não andam muito nos eixos, mas ainda pareço que não tenho autoridade suficiente sobre mim mesma para dizer não. E sei que, no momento, não tenho propriedades suficientes para responder que sim. São etapas que não dá para pular. Eu tenho sempre a preocupação de que as coisas devem ser muito certas e feitas de maneira extremamente corretas.
Mas e aí me perguntam? Mas se não arriscar, não vai provar. Exato, mas creio que posso arriscar quando tiver consciência de que tenho conhecimento de causa, antes acredito que não posso dar esse passo.
Fiquei com uma sensação de fracasso momentâneo, incapacidade, mas penso que assim não comprometo situações, momentos, pessoas, e claro, a mim mesma.

Em contrapartida, recebi pela mesma condição profissional, elogios e o reconhecimento pelo que posso me comprometer e ter conhecimento mais aprofundado. Isso me causou uma baita alegria. Ninguém é perfeito e sabedor de tudo. Muito menos eu.
Nesse reconhecimento creditado a mim, portas e oportunidades se abrem, abafando aquela sensação momentânea passada logo ali atrás de que possa ser incompetente para tal função.
Mas não posso pensar como incompetência, mas sim como, acho eu, não conhecedora suficiente até o momento para agregar certas funções.
Isso não pode ser admitido como fracasso, mas como acreditar que não posso abraçar tudo e, por hora, não abraçar coisas ou compromissos que não honrarei com habilidade necessária.
Pode ser insegurança, pode sim, mas também pode ser responsabilidade pelo que vou cumprir.
Amanhã é outro dia, hoje fico contente que pelo qual me comprometi, respondi a altura.
Do restante, amanhã é outro dia a pensar. E não serei incompetente, se meus braços não podem abraçar o mundo.
Fiquei feliz, pelo que eu pude abraçar e ser reconhecida.
Por hora, um vinho pra celebrar o feito!

terça-feira, 20 de abril de 2010

A dosagem da tolerância



Tempos atrás uma amiga me falou que eu sou ou fui, em certa situação, tolerante demais. No caso sobre ao qual falávamos, concordei, reconheci integralmente, sem nada a contestar.
O ato de ser tolerante é uma atitude que, acho, temos que ter sempre. Mas para tudo tem que ter sua dosagem. No caso em questão era tolerante demais.
Deixava de impor minha postura, ou não colocava os fatos com a devida verdade ou realidade que julgo necessárias, até quase a uma submissão. Por que nesse ponto a atitude era diferente?
É algo que me questiono volta e meia, pois perante esta postura, abro precedentes para que certas situações se tornem recorrentes.


Normalmente tenho por hábito falar, colocar minha posição de forma franca, clara, direta. Em certas situações já presenciei um certo desconforto pela parte ouvinte do meu entendimento. A minha verdade, a minha idéia, a minha postura nem sempre é a mesma do outro e esse nem sempre está a fim ou quer ouvi-la. Direito que lhe cabe.
Mas direito que me cabe é impor meu ponto de vista quando algo não está a meu contento. E nessa situação a qual me foi dito, que sou tolerante demais, fiquei a pensar e pesar as situações as quais se encaixam perfeitamente.
Diante desta tolerância exagerada, tenho que reviver situações que me desagradaram, momentos que não quero que retornem.
Por causa dessa tolerância em excesso, abro portas para que pessoas tomem a liberdade para retornar e acreditar que tem acesso livre ou fácil como em outros momentos.
Não vetei o acesso, visto isso, a liberdade dessas em acreditar que possam romper o limite está aberto, disponível. O limite se impõe para que saibam até onde podem ou merecem ir.


Há pessoas para o qual esse limite tem que existir para que saibam que não tem mais espaço para conviver.
Isso, em virtude daquela tolerância, não foi devidamente colocada nos seus devidos lugares, nos seus devidos patamares.
A verdade, a sinceridade, a clareza, que sempre me é peculiar, em certos momentos e vivências deixaram de existir, se anularam.


Vislumbrei isso e acho que poderei vislumbrar outras mais, visto resquícios que ainda perduram, mas com certeza situações já estão sendo revistas.
A tolerância em demasia será dosada.


Acredito que nem boa donzela nem bruxa má. Resta ainda saber a dosagem certa.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Achocolatando minha criança



A Páscoa passou. Tenho uma certa simpatia por esta data. Digamos que é engraçadinha. Faz lembrar-me da infância, as brincadeiras em torno de encontrar esconderijos de cestinhas, fazer doces e ovinhos e tudo que envolvia.
Mesmo que seja uma data comercial como qualquer outra, há uma certa nostalgia que gosto.



Este ano não foi diferente. Junto com minha mãe em volta de fazer chocolatinhos e doces, conversávamos sobre isso. É reconfortante.
E como eu tenho certa simpatia pelas panelas, às vezes gosto de me aventurar nos doces. Coisa muito simplória, para presentear meia dúzia de pessoas extremamente relevantes e só. Não dá para prolongar a lista de presenteados.


Faço uns simples doces. É mais um ato singelo do que propriamente aquela coisa exacerbadamente comercial de compras exageradas. Um ato carinhoso. Acho que é isso que é o mais relevante.




Nesse sentido sempre cito um tio, meu padrinho, que apesar de sua origem humilde, sempre tem um gesto de carinho e lembrança com presentinhos simples mas simpáticos. Um ato de generosidade.
Acho que terei 50 anos e ele, se vivo for, ainda continuará me presenteando.
Lembro que na minha infância ele, como habitual, jamais esquecera de datas comemorativas e sempre com o presente destinado a data específica.
Na Páscoa, recordo que por muitos anos, ele me presenteava com uns ovos lindos, grandes, coloridos, mas totalmente feitos de açúcar. Nem sei se ainda existem (sou velha !!) e recordo que alegrava muito mais pelo visual do que pelo paladar. Recordo que quando chegava a época tinha ciência de que lá viria mais um daqueles, que eu não gostava nem um pouco, mas aceitava e agradecia, pelo gesto do presente.
Hoje já não os ganho mais (ainda bem!) mas a data não o deixa esquecer do presente.



Eu não costumo presentear a muitos , como já falei, apenas alguns que de uma forma ou outra são importantes. E claro, que não será um pequeno chocolatinho que ressaltará o quão são importantes, mas é um gesto de carinho que tanto pode ser com um abraço, um beijo, um obrigado, ou nesta data, um embrulho de chocolate.
Afinal, ninguém é de ferro, e acredito que muito poucos não gostam desta delícia – acho que não conheço nenhum.



Eu particularmente, reclamo de não estar magérrima, sarada e sim um pouco acima do peso, mas por culpa própria, pois adoro certas orgias gastronômicas. E pelo prazer de presentear outros, também tenho prazer em preparar certos chocolates na Páscoa para meu bel-prazer. E nesse ponto, antes de agradar, acariciar outros, tenho que fazer isso a mim mesmo. Cometi o pecado da gula (bem de leve!) e me dei ao deleite de presentear-me com um chocolate gostoso.




Fez reacender, reavivar a criança, que às vezes esquecemos ou que a mantemos adormecida, a brincar com cestinhas e chocolates.

terça-feira, 23 de março de 2010

A arte imitando a vida

Final de semana vi o filme “Amor sem escalas”. Até acho que já to sendo repetitiva, ou então sem imaginação por estar postando por aqui sobre filmes nos últimos dias.
Às vezes acho chato mesmo, mas este veio a calhar alguns comentários.
Quem não viu, não sei se recomendo, quem viu poderá pensar se teve mesmo conceito que eu.
Não achei nada de mais. Aliás, o melhor acho que foi a menina que faz a colega de trabalho do George Clooney, que depois da participação insonsa no Crepúsculo, aqui ela se mostra um pouco mais ágil, digamos.
Quanto ao Sr. George Clooney (Ryan) apesar de achá-lo meio canastrão, por alguns momentos nesse filme penso que ele deveria ter ganho o oscar ao qual foi indicado.

Não sei se é de rir – pelo fato da coisa se reverter no comportamento entre ele e seu relacionamento amoroso no filme – ou de chorar em compartilhar com ele tristes momentos onde somos tratados de “parênteses”. Quem viu o filme sabe o que relato quanto a namorada dele apenas te-lo usado como uma fuga, um parênteses do casamento rotineiro em que vive.
E a cena onde ele vai afoito e serelepe a porta da casa dela para demonstrar toda sua paixão e empolgação é hilária quando ele realmente vê a verdade nua e crua.
Esse único momento lhe valia o oscar pela cara de total espanto e decepção. Ou ele se mostrou por instantes um ótimo ator ou se deparou com memórias, quem sabe, de um momento de sua vida realmente.

Maldades à parte, o filme num contexto geral mostra um homem que acha que a vida sozinho é o mais magnífico de tudo. Sem ninguém, nunca. Aliás, ele se julga um sortudo por ter todos a todo momento. No corre-corre do dia a dia, no trabalho, no hotel, no corredor dos inúmeros aeroportos, restaurantes, bares, hotéis em que vive praticamente todo o ano.
Claro, que não para muitos minutos para pensar onde está a frieza disso tudo. Se parar, poderá se dar conta.
Se deu conta, mas aí não era o momento e nem a situação certa (onde eu ri da desgraça alheia). Afinal parei para pensar que já fui “parênteses” de alguém.
E quão duro isso é.

E a minha ótica nesse ponto foi de que pessoas como Sr. Ryan (George) fogem todo o tempo. Correm léguas de um relacionamento, qualquer envolvimento onde poderão ficar mais íntimos, mais livres, mais “indefesos”, mais libertos, mais “desprotegidos”.
E a situação ali é tão, tão comum, tão recorrente que seria maçante relatar que o que esse senhor faz é o mais real e cotidiano e não é somente parte de nenhum filme.
Encarar certas coisas na vida, abrir-se, emocionar-se, amar, ser amado, está sendo considerado para uma grande maioria, comportamento extremamente incomum.
O que poderia ser considerado um ato mais leve, uma troca de emoções, sentimentos, está praticamente sendo guardado num baú para que futuras gerações talvez o desengavetem.
O que a assistente dele relata a todo momento seria interessante transmitir a muitas pessoas que acreditam que é mais seguro viver dentro do seu mundinho, sua mala e suas inúmeras horas de vôo solo. Um babaca, um babaca infantil.
O dia que se der conta, poderá ver o quão fácil é deixar de ser apenas um parêntese.
Se é que vai ser fácil esquecer do que foi tratado.

Infelizmente não é só apenas uma cena de um filme, vejo estas cenas comumente na vida real.
Se não se comportassem como únicos, talvez pudessem ser tratados como alguém além de uma estratégia de fuga. Triste situação para o vivente, mais desgraçada ainda para quem tem que usar desta válvula de escape.

Tirar a armadura e mostrar que são apenas pobres mortais, sofredores ou não, já seria um bom começo.
Melhor do que pensar que na janela ao lado, tem um casal que se ama, ou está rindo junto, ou jantando juntos, ou dormindo juntos e continuar apenas sobrevoando a vida.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Eu e minhas panelas



Este final de semana eu vi o filme “Julie & Julia”. Há tempos atrás tinha lido sobre o mesmo e tinha adorado a sinopse de cara.
É uma fofura. E para quem gosta de culinária é um atrativo a mais. Meryl Streep como Julia Child está espetacular, a meu ver, como sempre.
O filme é leve, engraçado, mimoso.
Por vários momentos dá vontade de dar uma pausa e ir buscar um taça de vinho. A parte que compete a relatar a trajetória de Julia (Meryl) se passa basicamente na França.
A todo o momento ela e seu marido ou estão as voltas na sua cozinha e suas panelas (e uma taça de vinho) ou em vários cafés e restaurantes pela cidade (e mais taças de vinho).
Em outros momentos dá vontade de dar uma pausa e ir para a cozinha inventar algo.
Eu gosto de me aventurar nas panelas.
Gosto de todo o envolvimento de ir para a cozinha, buscar pratos diferentes, temperos, cheiros. Gosto de fazer tudo com muita tranqüilidade, buscando os ingredientes para tentar fazer algo parecido com que a receita ensina e gosto de ficar saboreando um vinho nesse ínterim.
Não sou expert, bem ao contrário. Sou mais metida mesmo.
Como falei, gosto de todo o enredo de fazer algo gostoso na cozinha.
Cozinhar é algo que deve ser feito com prazer, com gosto, com calma, apreciando cada momento.

No filme, Julie Powel é uma jovem que está meio sem rumo, descontente com seu trabalho e amante da culinária. Encontra o livro de Julia e resolve fazer todas as receitas registradas nele.
Confesso que muitas delas deixaria para trás. Como disse, sou mais uma curiosa do que uma expert. Não tenho tanto jeito não.
Quando uma receita me agrada, vou com afinco buscar os ingredientes e tentar fazer, buscando o resultado melhor possível.
Adoro convidar meus amigos para saborearem meus “experimentos”. Já deixei alguns “enamorados” rechonchudos por fazer jantarezinhos regados a vinho.
E para quem faz um prato com afinco, o primor é ver seus convidados degustarem a demasia. É como se uma prova pequena fosse sinal de que não está a contento.
É uma coisa meio italiana, prato cheio para saborear muito.
Para quem não se interessa muito por culinária acredito que não se interessará muito pelo filme não.
Mas eu fiquei no mesmo instante ao final do filme, instigada a pegar minhas panelas, uma taça de vinho e viajar em mais um “experimento” saboroso.
E claro, chamar para degustarem.
Já fiquei com vontade ....

sexta-feira, 12 de março de 2010

Amigos III

Eu não me canso de falar deles.
E já falei algumas vezes, como aqui, Amigos e aqui Amigos II e talvez em outros tantos post’s.

Pois hoje vendo um enunciado de um amigo no seu msn para observar a coluna do colunista Paulo Sant’Ana no jornal Zero Hora de ontem, 11 de março, Ombro amigo, que de forma magistral discorreu sobre o assunto, lembrei-me dos meus textos já ressaltados.

Obviamente que não chego nem aos pés do senhor Paulo quanto ao uso das palavras para explanar sobre o assunto, mas o objetivo-fim nos deixa em concordância de pensamentos e sensações.
E assim como ele, também já falei, falo e sempre falarei que quem tem amigos ou um amigo, tem um bem mais precioso que um diamante de muitos quilates e valor incalculável.

Ter um amigo é ser considerado um ser de grande sorte.
Como vemos por aí, na mídia, pessoas dotadas de grandes fortunas, fama e igualmente de tamanha solidão.
Não tenho fortuna, nem fama, mas tenho amigos.

E sei que eles estão comigo, porque também me consideram como tal.
Tenho defeitos, muitos.
Sou impaciente, “estouradinha”, muito direta e verdadeira (seria um defeito ??), não tenho facilidades para emitir um elogio ou um afago.
Mas eles continuam ao meu lado e me respeitam. Valorizam por trás de vários defeitos, o que há de bom e qualitativo.
Compreendem que nenhum ser humano é perfeito, que nem sempre estamos com sorriso de capa de revista. Mesmo que saiba que preciso sempre melhorar certas atitudes.
Compreendem que tenho dias difíceis, dias tristes.

O amigo respeita, compreende.
Pode reclamar, mas está ali. Eu também reclamo.
E nessa conjunção de sentimentos está a relação de amigo.
Não cobro nada e não sou cobrada. Ou melhor, cobro sim, ausência temporal.
Tudo desfeito no próximo encontro, como se tivéssemos nos visto há poucas horas atrás.
Amigo não busca propósitos de interesses lucrativos ou evolutivos.
Amigo está ali porque ele se integra a sua convivência.
Amigo está ali porque o teu convívio lhe basta.

E eu tenho amigos.
E como já falei, reitero, eles são a minha dádiva.

E espero sempre melhorar, para poder valorizá-los cada vez mais.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Cadê o lixo ??


Demorei para retornar. Na verdade demorei para retornar para cá.
Não por falta de vontade, conflito na mente.
Sacudidos os confetes e serpentinas carnavalescas, a vida volta ao normal.
Eu não comentei nada sobre o carnaval não é mesmo ?
Pois eu sou uma grande fã de carnaval. Adoro. Já fui uma foliã e tanto, hoje em dia as fantasias, em todos os sentidos, já não são tão atrativas. A não ser, claro, se for desfilar no Sambódromo. Desejo ainda não realizado. Ainda tem tempo. E só até lá. Meu apreço por carnaval não se estende a certas muvucas generalizadas, que não gosto nem um pouco. Aquele verso “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu” não me pega. Nesse caso sou zumbi.
Este ano fui para o interior e por incrível que pareça revivi um pouco do que antigamente eu curtia a demasia.
Tem coisas que a gente tem que deixar na lembrança e não retomar. Esta experiência é uma delas.
Antigamente eu curtia todas as noites carnavalescas, até onde agüentava. Era um tempo em que o carnaval lá no interior era famoso no Estado. Hoje está ficando famoso pela decadência.
Fiquei saudosa dos tempos áureos vendo no que resultou.
Mas confesso que tenho sentimentos contraditórios desta época. Ao mesmo tempo que adoro a festa, tenho uma ânsia que acabe para que as coisas realmente comecem. Infelizmente ninguém se mexe nos períodos que antecedem o carnaval e fico a mercê de que finde para que o barco comece a andar e rápido. Vício, acho, imutável.
Eu já estava com uma ansiedade para que ele findasse.
E aí findado, é a loucura que se inicia.
Eu agradeço e retomo as atividades ansiosamente.
Afinal de contas, as contas estão aí batendo na minha porta. E aí corre para trabalho, dinheiro, trabalho, cliente.
E nessas todas, meu instrumento de trabalho resolve pifar. Aliás, meu computador já estava “moribundo” há um tempo, ficava eu postergando o que chegaria. Tive que correr atrás para arrumar tudo, maquina nova, mais gasto de dinheiro para nova máquina.
Mal comecei e já tava com a cabeça a mil, preocupada.
Meu defeito é que não sou tão desencanada ou um pouco despreocupada como gostaria. Já fico preocupada, ansiosa e impaciente.
Máquina nova, vem outra questão, que causou-me um questionamento.
Troquei todas as peças do meu computador, nisso o técnico me aconselha a não colocar toda aquela porcaria velha no lixo comum.
Mas o que eu faço ? Aconselhou-me a levar em uma loja de material de informática, claro.
Eis que saio para o shopping onde concentra mais de uma loja com uma pasta cheia de lixo eletrônico, faceira que de lá saía sem tudo aquilo.
Adoro quando dou uma de esperta numa situação prática. Detesto quando não dá certo minha esperteza.
Pois fui em três lojas de informática com a mesma perguntinha: “olá, vocês recolhem lixo eletrônico”? Na terceira negativa, tive a sensação de que minha pergunta a atendente tinha sido “olá tudo bem, sabes onde encontro uma loja de animais domésticos, gostaria de comprar um tiranossauro rex bebê para mim”?, visto a cara de estranheza que a mesma me fez.
Mas então, o que eu faço com isso moça ? só me olhavam com cara de piedade sem saber o que dizer.
Ora, veja, num momento em que devemos pensar em cuidar mais do meio ambiente, encontrar alternativas para que produtos tóxicos não interfiram mais com tanta agressividade, o mínimo que deveria ter era um jeito de que esses prestadores de serviços ajudassem na área que estão atuando.
Em tempos modernos, onde todos os dias as coisas ficam mais modernas numa velocidade voraz, é um retrocesso não ter como tomar providencias num âmbito, digo até, simples.
Pois acabei voltando pra casa com toda aquela porcaria velha sem ter onde colocar. Tive a sorte de encontrar um amigo – um anjo – que fez a bondade de dar um fim na quinquilharia.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Velas apagadas, ano aceso


Eis que final de semana passado foi meu aniversário. Sim, mais um novo ano.
E todo ano é o mesmo blábláblá.. Eu digo que talvez não faça nada, ah já to muito velha pra comemorar (apesar de adorar), que só em pensar em mais um ano mais velha vai me deprimir, que isso ou aquilo.

Charminho !! Quase uma novela mexicana! No fundo eu adoro.

Este ano foi complicado pois, meu aniversario caía na sexta e no verão aqui o povo quase freta jatos para sumir pra praia. E para ajudar o calor foi ao ápice. Então fiz uma prévia comemoração na quinta feira.
Coisas de ultima hora, corre para achar um lugar para acomodar o pessoal. Saudades do tempo que morava em casa e podia chamar todo o pessoal para se esbaldar até tarde. Pois bem, depois de muito correr atrás, consegui um.
Os muitos convidados, alguns nem precisa mandar convite oficial afinal já é algo automático tanto quanto escovar seus dentes.
Alguns em virtude da época estavam fora, na praia, em suas viagens de férias e foram ausentes. Não esqueceram somente não compareceram.
Alguns não lembraram, tiveram pequeno lapso de memória, desculpados posteriormente sem nenhum problema.
Outros não lembraram, mas estes assim como para mim já caíram no esquecimento, da parte deles ser o mesmo não me causou nenhum sentimento. Esquecidos!
Alguns não tinham porque saber da data, apesar de conviverem comigo de maneira não íntima, quando da descoberta, foi uma grata surpresa.
E alguns, que eu tinha uma incerteza se lá estariam, não me decepcionaram e foi uma boa surpresa.
Tudo isso para relatar que apesar de tudo que possa envolver o dia do seu aniversário, que para muitos é desprezível, é a coisa melhor do mundo. E não é por cobrança de que nesta data todos devem lembrar, te agraciar, mostrarem sua importância ou a minha.
Não, é apenas a constatação de que independente de mais um ano, mais velha, isso ou aquilo, ter surpresas, estar com pessoas que estão sempre ao teu lado, que são importantes na tua vida. Muitas já são de longa data e outros são recentes.
E não é porque é só no dia do teu aniversário, mas naquele dia eles estão ali para comemorar comigo, estão ali para desejar felicidades e estas felicidades são compartilhadas.
No fundo, é saber que coisas pequenas como abraço, beijo, um sorriso é a coisa mais valiosa quando vem de gente que te quer por perto.
Para tudo isso vale fazer charminho, novela mexicana. Tem um final super feliz!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sem levantar bandeira

Se tem coisa que eu detesto, dentre tantas outras, são as manifestações de massa. Sim, sei, sou irritadinha, cabeça dura e também descrente de muitas coisas, dentre elas esta.
Não consigo crer que uma manifestação de massa tenha resultado satisfatório.
Pois hoje estava eu novamente em minha corridinha para virar gostosa/sarada (ainda tentando) e quando chego no gasômetro (quem mora em Porto Alegre sabe onde fica) e me deparo com uma multidão infinita de pessoas. Pessoas de várias tribos, várias classes, várias idades, todas juntas por um mesmo ideal ? Mas qual era mesmo esse ideal ?
Não sei, vi bandeiras de todos os tamanhos, cores e modelos.
Nunca acreditei que uma manifestação de massa pudesse resolver algo. Nem a dos “caras pintadas”, que foi uma de tamanho relevante atingiu o fim específico. Não creio que aquele manifesto foi o que fez o Congresso se mexer para botar pra correr e dar o impeachment ao presidente corrupto.
Não acredito que numa manifestação de massa, onde à frente da multidão vem um carro de som, mais atrás fileiras de manifestantes que mais pareciam integrantes de uma escola de samba com seus bumbos, cantando um pagode, seguidos de outros tantos com latinhas de cerveja na mão irão discutir ou até resolver e chegar ao fim proposto. Sem falar na fumaça queimante de cheiro duvidoso.
Não tenho por finalidade aqui levantar qualquer tipo de discussão perante este assunto. Até porque qualquer posicionamento que tenhamos, será mais do que normal, concordâncias e discordâncias.
O que não creio é que num país onde senhores de cuecas volumosas – e sabemos que não é do que realmente deveria estar dentro dela – ou meias que não calçam pés e sim notas de reais ou dólares, dê credibilidade para manifesto desta ordem.
Acredito que nem devem.
Pois perante o que vi, uma multidão, uns parecendo remanescentes de Woodstock, outros vindo de um retiro de alguma seita de adoração ao sol, outros tantos tentando acertar o ritmo do bumbo e mais uns tantos adoradores da gelada, o fim disso, só pode ser o samba do crioulo doido sobre o por do sol e adoração da deusa da lua !
Só serve para irritar os transeuntes que cotidianamente fazem sua corrida no trajeto ocupado (como eu), os motoristas irritadíssimos pelo trânsito caótico que se criou e a vizinhança apavorada com medo de uma briga generalizada.
Esse tipo de manifesto mais serve para dar trabalho em triplo aos garis ou fazerem os policiais militares ficarem de olho aberto para qualquer desordem.
Talvez, quem sabe, depois de tanta batida no bumbo e rimas no auto falante, não renda um novo enredo para uma escola de samba.
Estavam na tentativa.

Seria a volta da turma imaginária ?




A rotina do novo ano voltou, afinal, depois do dia primeiro, vem o dois, três e a vida segue.
Então já ando com a vida a mil, trabalho, as corridinhas e tudo mais.
Pois dias atrás, na minha caminhada/corrida rotineira, indo para o trajeto, fui pensando no dia que estava findando. O que ocorreu, os trabalhos findos, os pendentes, as alegrias, os desgastes, os inconvenientes, as incomodações.
E como já constatei que a minha corrida não me deixará gostosa e sarada, pois isso já sei que somente na outra encarnação, ela serve para relaxar minha cabeça e fazer um resumo do dia.
Só que tem dias que tantas coisas acontecem ou não que fico pensando o porquê do sim ou do não. E a cabeça fica a mil, me empolgo, e fico praticamente um computador ambulante repassando o arquivo. E nessas, dias atrás, quando me dei por conta, afinal alguém me olhou com olhar estranho, vi que estava pensando em voz alta, ou melhor, falando sozinha.
Não que eu não fale sozinha, sim, falo, mas veja bem, estou na rua, na minha caminhada e a cabeça está a duzentos por hora e atinjo o patamar de discutir comigo mesma.
E então lembrei-me de minha infância.
Quando eu era pequena, lá pelos dez, doze anos, eu tinha momentos mais tranqüilos de diversão, entretenimento. Para alegria da minha mãe, eu não saía a perambular e correr pela rua, ficava em casa, com meu quadro negro, sendo professora.
Eu adorava. No início eu tinha um pequeno quadro, depois pedi um maior e fui prontamente atendida pelo meu pai. Ganhei um bem maior e aí foi a alegria de muitas tardes.
Eu virava a professora de uma grande turma. Normalmente a matéria que eu “ensinava” era um repasse do que eu tinha há pouco aprendido no colégio.
Graças a essas aulas, aprender se tornava mais fácil e minha letra hoje seja tão boa.
Era uma consumista voraz de muitas caixas de giz. Afinal, era muita matéria pra repassar e não me cansava em escrever, apagar, escrever, apagar. Isso claro, como boa professora, relatar em voz alta o que ali estava sendo “ensinado”.
Se a turma imaginária não aproveitou meu ensinamento, para o meu próprio foi de grande valia.
Isso foi um período longo, que resultou até numa tentativa de dar prosseguimento para uma turma real, no segundo grau cursando Magistério.
Com o término dele e graças ao meu grau ínfimo de paciência, vi que não teria como seguir em frente, pois não seria uma boa educadora.
A experiência foi importante, mas foi um período encerrado que não há como retomar.
E nessa semana, no retorno da minha corrida, com a cabeça a mil, pensando alto, falando sozinha, tentando solucionar as pendências, vim pensando, seria a volta da turma imaginária?
É, o ano mal começou e já ando "batendo pino" !!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Selos



Este selo veio da Elaine do Um pouco de mim .

A promoção se baseia em:

Em 2010 , Eu quero ....

... quero ter saúde, paz, tranquilidade. Quero poder desfrutar de muitos momentos ao lado da minha família, dos meus amigos. Quero encontrar motivos para sorrir constantemente, forças para batalhar insistentemente, capacidade para aprender incessantemente. Quero que os olhos possam vislumbrar coisas bonitas e quero sentir coisas boas. Quero poder continuar acreditando nas pessoas, amando-as mais, decepcionando-me menos. Quero ter mais força, coragem, alegria. Quer ter menos medos, tristezas, decepções. Quero amar muito, mais e melhor!

Repasso este selinho para:





E as queridas dos Las Miserentas me presenteou com este. Muitíssimo obrigada !

De volta

Eu voltei, agora é pra ficar, porque aqui, aqui é meu lugar, já dizia o Robertão (como se eu gostasse do peruquento, hahaha).
Eis que 2010 chegou. Tem uma energia boa esse ano, não ? números. Não entendo muito de numerologia. Até é uma dar uma sondada hora dessas pra saber o que nos aguarda.
Ano de Iemanjá, pra quem se interessa no assunto. Eu curto bastante essas crenças e gosto da energia dela.
Aliás, toda energia positiva sempre é bem vinda.
Pois então que 2009 se foi. Ufa! Que alívio. Não gostei do ano, foi conturbado.
Final do ano então, socorro. Aquela muvuca de festas natalinas é pra deixar qualquer um estressadérrimo.
O meu final do ano foi tranqüilo. Meu natal, como sempre, é junto a família. Como já dito aqui antes, o natal sempre é comemorado junto a ela. A minha já é pequena, se não passar com meus pais, não dá. Alias, ultimamente estou passando muito mais tempo com eles. Estou priorizando momentos bacanas junto a eles.
Quando se é adolescente, ao menos no meu caso, quanto menos tempo era melhor. Pai chato, controlador de saídas, festinhas, namorados. A mãe tranqüila.
Aí amadurecendo, a postura já muda um pouco. Eles envelhecem e quero estar o possível curtindo-os em vida.
Então estiquei o ano novo ao lado deles também. Sempre priorizei ano novo na praia, junto ao mar, lua, ondinhas, flores a Iemanjá. Ano novo na cidade não é a mesma coisa, mas tem coisas diferentes e novas que vale curtir. Este foi um atípico, mas bem legal.
Estava junto a família, amigos e pessoas muito queridas e legais.
Mas como tudo que é bom, logo depois de foguetes, espumantes, abraços, eis que a realidade nua e crua bate a porta.
Contas pipocando na caixa de correio, telefone tocando, clientes te procurando. E segue a vida, não?
Mas confesso que esta correria toda já tava fazendo falta.
Como a amiga blogueira Sra. Google também comentou, férias cansa. Chega uma hora que temos que tirar férias das férias.
A minha rotina era comer, dormir, ler, sol, piscina, comer, comer.
Jesus, quando voltei pras minhas corridas, senti que estava presa ao meu corpo a incorporação da mulher melancia (com o perdão aos que apreciam essa pessoa desgraçadamente avantajada).
E aí que tem que correr atrás da máquina, de novo, pra perder as muitas calorias ingeridas nos happys, nos churrascos, na lentilha.
Mas já tava com saudades. Férias prolongadas demais cansa o físico, adormece o intelecto.
E cá estou, de volta!