quinta-feira, 24 de março de 2011

Precisando de um tsunami interno

Em tempos em que o real fez um estrago danado no outro lado do mundo, queria que um tsunami fizesse uma varredura, remexesse coisas que estão meio a contragosto.
Tem tempos que só uma revolução para dar ares de reviravoltas e reviradas, para ver onde está o eixo.
Há tanto tempo não “pisava” em meu próprio blog ... meu deus como pude abandonar o tadinho ???

Nos últimos meses foi tanta coisa a acontecer, trabalho a buscar, a crescer, a estudar. Minha ansiedade nessas horas bate picos altíssimos.
Aliás ela, às vezes, me faz revirar sem sair do lugar. Tanta ansiedade que paira na inércia. Coisa de ansiosa !
Mas enfim, além de buscas de trabalho, momentos impotentes surgiram.
A impotência....

Há um bom tempo atrás, levei um pé na bunda... é, o termo é feio, mas é o mais apropriado... na época, chorei, choraminguei, me descabelei, por não saber o porque daquela situação... porque aconteceu, como aconteceu.. me senti total impotente, sem saber como agir e quando.
Depois de um tempo, raciocinando melhor, vi que a situação se resumia a uma baita carência e uma autoestima abaixo da pata do cachorro !!!
E vi, que aquele momento impotente poderia ser resolvido rapidamente. E foi !
Nada a consertar, o tempo se encarregou.

Outros momentos impotentes, mais recentes não podem ser resolvidos rapidamente. Não dependia e não depende só de mim. Exclusivamente de mim posso auxiliar, mas quando se trata de outro, alguém que se ama muito e está numa situação delicada, a impotência retoma e se alastra. Nesse momento ainda me sinto um tanto impotente, como se as coisas escorregassem pelas minhas mãos e não tendo como buscar a ponta do fio.
O sintoma não é meu, e não é fácil encontrar formas de acabar com a sensação de impotência. Ao mesmo tempo, no decorrer das fragilidades que minha mãe mostrava, vi que eu sou forte, ela também. Ela tenta reconstruir sua fortaleza, eu, tento abafar momentos impotentes, única forma de mostrar a ela, que há maneiras de virar o jogo e viver, viver muito tempo que ainda há.


Não sei se o tsunami já está dentro ou exteriorizou, mas tem momentos que demonstro uma leoa, noutros sou um pequeno filhote indefeso.
Uma hora quero colo, noutra estou a afagar.