segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Seria a volta da turma imaginária ?




A rotina do novo ano voltou, afinal, depois do dia primeiro, vem o dois, três e a vida segue.
Então já ando com a vida a mil, trabalho, as corridinhas e tudo mais.
Pois dias atrás, na minha caminhada/corrida rotineira, indo para o trajeto, fui pensando no dia que estava findando. O que ocorreu, os trabalhos findos, os pendentes, as alegrias, os desgastes, os inconvenientes, as incomodações.
E como já constatei que a minha corrida não me deixará gostosa e sarada, pois isso já sei que somente na outra encarnação, ela serve para relaxar minha cabeça e fazer um resumo do dia.
Só que tem dias que tantas coisas acontecem ou não que fico pensando o porquê do sim ou do não. E a cabeça fica a mil, me empolgo, e fico praticamente um computador ambulante repassando o arquivo. E nessas, dias atrás, quando me dei por conta, afinal alguém me olhou com olhar estranho, vi que estava pensando em voz alta, ou melhor, falando sozinha.
Não que eu não fale sozinha, sim, falo, mas veja bem, estou na rua, na minha caminhada e a cabeça está a duzentos por hora e atinjo o patamar de discutir comigo mesma.
E então lembrei-me de minha infância.
Quando eu era pequena, lá pelos dez, doze anos, eu tinha momentos mais tranqüilos de diversão, entretenimento. Para alegria da minha mãe, eu não saía a perambular e correr pela rua, ficava em casa, com meu quadro negro, sendo professora.
Eu adorava. No início eu tinha um pequeno quadro, depois pedi um maior e fui prontamente atendida pelo meu pai. Ganhei um bem maior e aí foi a alegria de muitas tardes.
Eu virava a professora de uma grande turma. Normalmente a matéria que eu “ensinava” era um repasse do que eu tinha há pouco aprendido no colégio.
Graças a essas aulas, aprender se tornava mais fácil e minha letra hoje seja tão boa.
Era uma consumista voraz de muitas caixas de giz. Afinal, era muita matéria pra repassar e não me cansava em escrever, apagar, escrever, apagar. Isso claro, como boa professora, relatar em voz alta o que ali estava sendo “ensinado”.
Se a turma imaginária não aproveitou meu ensinamento, para o meu próprio foi de grande valia.
Isso foi um período longo, que resultou até numa tentativa de dar prosseguimento para uma turma real, no segundo grau cursando Magistério.
Com o término dele e graças ao meu grau ínfimo de paciência, vi que não teria como seguir em frente, pois não seria uma boa educadora.
A experiência foi importante, mas foi um período encerrado que não há como retomar.
E nessa semana, no retorno da minha corrida, com a cabeça a mil, pensando alto, falando sozinha, tentando solucionar as pendências, vim pensando, seria a volta da turma imaginária?
É, o ano mal começou e já ando "batendo pino" !!

6 comentários:

  1. kkkkk...achei interessante essa sua lembrança da infância...como um simples quadro negro te ajudou tanto. Minha cabeça também vive fervilhando de pensamentos mas eu raramente falo em voz alta, discuto sim comigo mesma mas só quando estou sozinha.

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  2. Mais uma coincidência né? Escrevi sábado sobre meus anos de professora. Ensinar é aprender, quantas vezes me flagrei aprendendo muito com meus alunos. Quantas vezes me vi neles e percebi osmesmos erros. Quantas mil vezes repeti para eles não terem pressa de crescer, porque teriam a vida toda para serem adultos. A infância é preciosa.

    falar sozinha...acho que são sequelas..eu vivo falando sozinha, eu estou ficando velha ou louca? talvez os dois...rsrsrs

    bjs

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  3. Bah, Desabafando, primeiro que olhei pra criatura na rua que me olhava (disfarçadamente por trás dos óculos escuros,rss) e pensei, tô pirando !!

    Bah, Sra. Google, vou lá ler depois!! Pois é, eu fui professora de turma imaginária por muito tempo, rsss... depois quando fui pra real, vi que a coisa não era bem assim. E é uma tarefa muito complexa, e pra poucos. Vi que não tinha o mínimo tato para ser uma boa professora. Tinha coisas que gostava mas outras, não. E principalmente, tem que ser muito paciente. Coisa que não sou. Faz parte, etapas da vida.
    Pois eu to ficando velha e acho que louca também, hahaha !!!

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  4. Chega de estar sumida né? Tava na hora de eu voltar. E vou te falar... o post está muuito sincero e apimentado!!!

    Passa lá, dá uma espiadinha. Deixa tua opinião sobre "as mulheres ousarem" um pouquinho.

    Beijinhos,
    Nane

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  5. Ah, Desabafando, só pra finalizar.. vou me conter mais na rua e não falar tanto sozinha, senão vou parecer uma maluquete que ando pelas ruas aqui do bairro, hhahaahha

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  6. Com o término dele e graças ao meu grau ínfimo de paciência, vi que não teria como seguir em frente [2] nao cheguei a concluir o curso visto minha paciencia zero e eu tbm falo sozinha pelos corredores todo mundo me acha doida as vezes fico envergonhada as vezes nem ligo.

    batendo pino é mais uma que vou aderir ao meu vocabulario kkk

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