quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Falta-me peito !




Não, não estou ressaltando algo referente a forma física ou desejo de encarar o silicone!
Falta-me peito, no caso, é apenas uma expressão de linguagem, uma expressão popular, para definir, falta de coragem.


Não sei se em todos os lugares se usa, mas por aqui é comum.
Pois então, falta-me peito! Porque ?

Tempos atrás eu li o livro “Comer, Rezar, Amar” que fala sobre uma experiência vivida pela escritora, Elizabeth Gilbert, que agora virou filme.
Não é nenhum best seller, mas é bacana. Agradável, leve, tranqüilo, light !! Fácil leitura.
Retrata a experiência que ela vive, durante um ano, após várias insatisfações e desilusões ela resolve pegar a mala e cair na estrada.
E aí, ela divide o ano por 3 países, começando pela Itália depois pela Índia e finalizando em Bali, Indonésia.
Foi um livro que li rapidinho e ao final, pensei...

Putz, não sei se teria “peito” para encarar uma experiência dessas !!


Não sei se teria coragem ! Claro, que antes de pensar nesse ponto, há de se pensar no bolso !!
Como eu sou muito prática e objetiva, primeira coisa que pensaria, bom, quanto custa, quanto precisarei para viver durante um ano por aí.
Passada essa fase, viria a segunda questão. E aí ? E agora ?Teria coragem?
Eu me considero uma pessoa corajosa, ao menos para as atitudes tomadas até hoje, fui, encarei, busquei, abracei.
Claro que, a cada dia, há outras barreiras a vencer, mas isso é a vida cíclica.
Mas ainda não parei para pensar sobre uma possibilidade com essa. Seria que encararia ?
Normalmente a gente ta acostumada a viver correndo, dia a dia, mas sempre tem pessoas do nosso convívio. Família, amigos, namorado.
E aí, num caso desses, tudo é novo, tudo é diferente, tudo é desconhecido, principalmente pessoas.


Confesso que fiquei inclinada a pensar numa possibilidade, não sei se na magnitude da dela, mas qualquer outra, de me aventurar sozinha por aí.
Viajar com outras pessoas é muito legal, mas sempre temos que entrar em consensos, para que todos saiam satisfeitos. Um ou outro, quase sempre, terá que abrir mão de algo para manter a harmonia. Comigo, foi sempre assim.
Mas no caso de pegar a mala e sair por aí, sozinha, buscando lugares, informações, pessoas, conhecimento, vivência, tudo dependerá somente de ti.


E isso, também, deve ser bacana. Pois, inevitavelmente, por mais que possamos ser um pouco tímidos, retraídos, a necessidade obrigará que nos tornemos mais “sociáveis”.
Humm, será que não tenho “peito”?