segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sem levantar bandeira

Se tem coisa que eu detesto, dentre tantas outras, são as manifestações de massa. Sim, sei, sou irritadinha, cabeça dura e também descrente de muitas coisas, dentre elas esta.
Não consigo crer que uma manifestação de massa tenha resultado satisfatório.
Pois hoje estava eu novamente em minha corridinha para virar gostosa/sarada (ainda tentando) e quando chego no gasômetro (quem mora em Porto Alegre sabe onde fica) e me deparo com uma multidão infinita de pessoas. Pessoas de várias tribos, várias classes, várias idades, todas juntas por um mesmo ideal ? Mas qual era mesmo esse ideal ?
Não sei, vi bandeiras de todos os tamanhos, cores e modelos.
Nunca acreditei que uma manifestação de massa pudesse resolver algo. Nem a dos “caras pintadas”, que foi uma de tamanho relevante atingiu o fim específico. Não creio que aquele manifesto foi o que fez o Congresso se mexer para botar pra correr e dar o impeachment ao presidente corrupto.
Não acredito que numa manifestação de massa, onde à frente da multidão vem um carro de som, mais atrás fileiras de manifestantes que mais pareciam integrantes de uma escola de samba com seus bumbos, cantando um pagode, seguidos de outros tantos com latinhas de cerveja na mão irão discutir ou até resolver e chegar ao fim proposto. Sem falar na fumaça queimante de cheiro duvidoso.
Não tenho por finalidade aqui levantar qualquer tipo de discussão perante este assunto. Até porque qualquer posicionamento que tenhamos, será mais do que normal, concordâncias e discordâncias.
O que não creio é que num país onde senhores de cuecas volumosas – e sabemos que não é do que realmente deveria estar dentro dela – ou meias que não calçam pés e sim notas de reais ou dólares, dê credibilidade para manifesto desta ordem.
Acredito que nem devem.
Pois perante o que vi, uma multidão, uns parecendo remanescentes de Woodstock, outros vindo de um retiro de alguma seita de adoração ao sol, outros tantos tentando acertar o ritmo do bumbo e mais uns tantos adoradores da gelada, o fim disso, só pode ser o samba do crioulo doido sobre o por do sol e adoração da deusa da lua !
Só serve para irritar os transeuntes que cotidianamente fazem sua corrida no trajeto ocupado (como eu), os motoristas irritadíssimos pelo trânsito caótico que se criou e a vizinhança apavorada com medo de uma briga generalizada.
Esse tipo de manifesto mais serve para dar trabalho em triplo aos garis ou fazerem os policiais militares ficarem de olho aberto para qualquer desordem.
Talvez, quem sabe, depois de tanta batida no bumbo e rimas no auto falante, não renda um novo enredo para uma escola de samba.
Estavam na tentativa.

Seria a volta da turma imaginária ?




A rotina do novo ano voltou, afinal, depois do dia primeiro, vem o dois, três e a vida segue.
Então já ando com a vida a mil, trabalho, as corridinhas e tudo mais.
Pois dias atrás, na minha caminhada/corrida rotineira, indo para o trajeto, fui pensando no dia que estava findando. O que ocorreu, os trabalhos findos, os pendentes, as alegrias, os desgastes, os inconvenientes, as incomodações.
E como já constatei que a minha corrida não me deixará gostosa e sarada, pois isso já sei que somente na outra encarnação, ela serve para relaxar minha cabeça e fazer um resumo do dia.
Só que tem dias que tantas coisas acontecem ou não que fico pensando o porquê do sim ou do não. E a cabeça fica a mil, me empolgo, e fico praticamente um computador ambulante repassando o arquivo. E nessas, dias atrás, quando me dei por conta, afinal alguém me olhou com olhar estranho, vi que estava pensando em voz alta, ou melhor, falando sozinha.
Não que eu não fale sozinha, sim, falo, mas veja bem, estou na rua, na minha caminhada e a cabeça está a duzentos por hora e atinjo o patamar de discutir comigo mesma.
E então lembrei-me de minha infância.
Quando eu era pequena, lá pelos dez, doze anos, eu tinha momentos mais tranqüilos de diversão, entretenimento. Para alegria da minha mãe, eu não saía a perambular e correr pela rua, ficava em casa, com meu quadro negro, sendo professora.
Eu adorava. No início eu tinha um pequeno quadro, depois pedi um maior e fui prontamente atendida pelo meu pai. Ganhei um bem maior e aí foi a alegria de muitas tardes.
Eu virava a professora de uma grande turma. Normalmente a matéria que eu “ensinava” era um repasse do que eu tinha há pouco aprendido no colégio.
Graças a essas aulas, aprender se tornava mais fácil e minha letra hoje seja tão boa.
Era uma consumista voraz de muitas caixas de giz. Afinal, era muita matéria pra repassar e não me cansava em escrever, apagar, escrever, apagar. Isso claro, como boa professora, relatar em voz alta o que ali estava sendo “ensinado”.
Se a turma imaginária não aproveitou meu ensinamento, para o meu próprio foi de grande valia.
Isso foi um período longo, que resultou até numa tentativa de dar prosseguimento para uma turma real, no segundo grau cursando Magistério.
Com o término dele e graças ao meu grau ínfimo de paciência, vi que não teria como seguir em frente, pois não seria uma boa educadora.
A experiência foi importante, mas foi um período encerrado que não há como retomar.
E nessa semana, no retorno da minha corrida, com a cabeça a mil, pensando alto, falando sozinha, tentando solucionar as pendências, vim pensando, seria a volta da turma imaginária?
É, o ano mal começou e já ando "batendo pino" !!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Selos



Este selo veio da Elaine do Um pouco de mim .

A promoção se baseia em:

Em 2010 , Eu quero ....

... quero ter saúde, paz, tranquilidade. Quero poder desfrutar de muitos momentos ao lado da minha família, dos meus amigos. Quero encontrar motivos para sorrir constantemente, forças para batalhar insistentemente, capacidade para aprender incessantemente. Quero que os olhos possam vislumbrar coisas bonitas e quero sentir coisas boas. Quero poder continuar acreditando nas pessoas, amando-as mais, decepcionando-me menos. Quero ter mais força, coragem, alegria. Quer ter menos medos, tristezas, decepções. Quero amar muito, mais e melhor!

Repasso este selinho para:





E as queridas dos Las Miserentas me presenteou com este. Muitíssimo obrigada !

De volta

Eu voltei, agora é pra ficar, porque aqui, aqui é meu lugar, já dizia o Robertão (como se eu gostasse do peruquento, hahaha).
Eis que 2010 chegou. Tem uma energia boa esse ano, não ? números. Não entendo muito de numerologia. Até é uma dar uma sondada hora dessas pra saber o que nos aguarda.
Ano de Iemanjá, pra quem se interessa no assunto. Eu curto bastante essas crenças e gosto da energia dela.
Aliás, toda energia positiva sempre é bem vinda.
Pois então que 2009 se foi. Ufa! Que alívio. Não gostei do ano, foi conturbado.
Final do ano então, socorro. Aquela muvuca de festas natalinas é pra deixar qualquer um estressadérrimo.
O meu final do ano foi tranqüilo. Meu natal, como sempre, é junto a família. Como já dito aqui antes, o natal sempre é comemorado junto a ela. A minha já é pequena, se não passar com meus pais, não dá. Alias, ultimamente estou passando muito mais tempo com eles. Estou priorizando momentos bacanas junto a eles.
Quando se é adolescente, ao menos no meu caso, quanto menos tempo era melhor. Pai chato, controlador de saídas, festinhas, namorados. A mãe tranqüila.
Aí amadurecendo, a postura já muda um pouco. Eles envelhecem e quero estar o possível curtindo-os em vida.
Então estiquei o ano novo ao lado deles também. Sempre priorizei ano novo na praia, junto ao mar, lua, ondinhas, flores a Iemanjá. Ano novo na cidade não é a mesma coisa, mas tem coisas diferentes e novas que vale curtir. Este foi um atípico, mas bem legal.
Estava junto a família, amigos e pessoas muito queridas e legais.
Mas como tudo que é bom, logo depois de foguetes, espumantes, abraços, eis que a realidade nua e crua bate a porta.
Contas pipocando na caixa de correio, telefone tocando, clientes te procurando. E segue a vida, não?
Mas confesso que esta correria toda já tava fazendo falta.
Como a amiga blogueira Sra. Google também comentou, férias cansa. Chega uma hora que temos que tirar férias das férias.
A minha rotina era comer, dormir, ler, sol, piscina, comer, comer.
Jesus, quando voltei pras minhas corridas, senti que estava presa ao meu corpo a incorporação da mulher melancia (com o perdão aos que apreciam essa pessoa desgraçadamente avantajada).
E aí que tem que correr atrás da máquina, de novo, pra perder as muitas calorias ingeridas nos happys, nos churrascos, na lentilha.
Mas já tava com saudades. Férias prolongadas demais cansa o físico, adormece o intelecto.
E cá estou, de volta!